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Lado a lado com os filhos nos estudos

Quais as responsabilidades dos pais nos tempos modernos? Essa pergunta vem recebendo diferentes respostas a cada ano – especialmente com os avanços tecnológicos e os riscos do mundo virtual e globalizado -, mas certamente algumas obrigações permanecem imutáveis, como alimentar, proteger e educar, seja proporcionando o estudo formal seja a educação afetiva, moral, ética…


É inerente à criança, nos primeiros anos da Educação Infantil e Ensino Fundamental, o desejo de mostrar aos pais as conquistas e façanhas realizadas: da pintura de um simples desenho às apresentações escolares de teatro, dança ou outras performances. Diante de centenas de expectadores, a criança procura avidamente os pais em meio à plateia. E ao encontrá-los, descobre o mundo e a satisfação! E quando ela percebe ser o orgulho dos pais, mediante o elogio e a aprovação, uma força indescritível brota no interior dessa pequena pessoa, levando-a a fazer mais e melhor.
Acompanhar, celebrar, elogiar… observar, repreender, orientar, dar metas… pais que caminham lado a lado com o filho sabem a hora certa de agir, seja com elogio ou com a correção. O que começa na infância, deve ser redobrado na adolescência, quando as mudanças hormonais e a busca da nova identidade – por meio do rompimento das condutas e imagens infantis – levam o adolescente a procurar nos grupos de amigos a aprovação e o reconhecimento. É nessa hora que os pais devem estar ainda mais próximos, permitindo a autonomia própria da idade, sem, contudo, deixar de supervisionar cada passo, especialmente os estudos.
É necessário que os pais verifiquem dia a dia as tarefas escolares, priorizando horário e local adequados, na casa, para que o filho estude de maneira eficaz. O acompanhamento deve ser redobrado nos períodos de prova, a fim de observar a assimilação do conteúdo. É fundamental verificar as notas – quase sempre disponibilizadas no site da escola, na área destinada aos pais – ou por boletins entregues aos filhos. Cabe aos pais se cadastrarem no site da escola, retirando a senha de acesso, a fim de acompanhar as atividades do filho, entre elas as notas bimestrais. Outro papel fundamental é a presença nas reuniões de pais, a fim de estreitar o relacionamento com o professor e auxiliar o filho no que for necessário, especialmente se as notas ou comportamento não estiverem a contento.

Perfil dos pais

Em 2015, a Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE), feita pelo IBGE, revelou dados preocupantes. Um número significativo de pais ou responsáveis não acompanha, nem supervisiona o desenvolvimento educacional dos filhos com idade entre 13 a 17 anos. De acordo com a pesquisa, 51,35% dos pais ou responsáveis não verificam se as tarefas escolares foram cumpridas.
Um ano antes dessa pesquisa do IBGE, em 2014, o estudo “Atitudes pela Educação”, uma iniciativa do programa “Todos pela Educação”, da Fundação Roberto Marinho com o apoio de várias instituições, entre elas o Ibope Inleligência, analisou o nível de envolvimento e valorização dos pais da Educação Infantil ao Ensino Médio em relação aos estudos dos filhos.
A pesquisa revelou que somente 12% dos pais ou responsáveis estão, de fato, “comprometidos” com os estudos do filho, numa escala que considera cinco níveis. Os 88% restantes se dividiram entre: “envolvidos”, 25% (pais que deram respostas que demonstram atitudes relativas à valorização); “Vinculados”, 27%; “intermediários”, 17% e “distantes”, 19%.
Em geral, são os filhos desses 12% de pais comprometidos que possuem o desempenho acima da média, tendo autoestima, satisfação nos estudos, motivação para fazer a tarefa e desejo de ir para a escola. É consenso entre educadores do mundo todo que o sucesso escolar depende, em grande parte, do apoio direto e sistemático da família, que investe nos filhos, compensando tanto dificuldades individuais quanto deficiências escolares.

(Rede de Experiências – SOMOS Educação)

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